A paralisação realizada na manhã desta quarta-feira (02/04), em frente ao Gabinete do Prefeito, às 10h, reuniu cerca de 3,5 mil servidores municipais em defesa da garantia de direitos, melhores condições de trabalho e reajuste salarial.

Depois de grande repercussão na imprensa, inclusive com ameaças do Prefeito, o ato, coordenado pela APROFEM, contou com a presença de Educadores e Servidores de outros Quadros, aposentados, pensionistas e diversas entidades sindicais, reforçando a insatisfação da categoria e pressionando a administração municipal a atender as reivindicações, que incluem:

•    Reajuste salarial linear de 12,90%;   
•    Fim do confisco de 14% das aposentadorias e pensões;   
•    Defesa das carreiras da Educação, elevação dos pisos dos Profissionais de Educação com a devida incorporação imediata nas tabelas do QPE;   
•    Melhores condições de trabalho e respeito à saúde do funcionalismo.  

Durante o Ato, os professores Ismael Nery Palhares Junior e Margarida Prado Genofre, respectivamente Presidente e Vice-Presidente da APROFEM, reforçaram o compromisso da Entidade em seguir mobilizando a categoria até que suas demandas sejam atendidas. Falaram, ainda, sobre a necessidade de união dos servidores para que os direitos exigidos sejam assegurados, não apenas para os Profissionais da Educação, mas para diversas outras categorias.

“Com características populistas, este Governo claramente está nos prejudicando, inclusive tentando deslegitimar um direito que nos é legalmente conquistado, o da paralisação. Não por acaso insiste em ações como as terceirizações, por exemplo. Queremos deixar claro que não vamos nos acomodar. Vamos permanecer unidos, ampliando o movimento e exigindo o que nos é devido”, afirma o Professor Ismael, Presidente da APROFEM.

Como resultado do Ato, uma comissão de dirigentes sindicais foi recebida por representantes do Governo, que discorreu sobre a continuidade dos estudos que o Governo está realizando, com base nas reivindicações do funcionalismo para definir um índice de reajuste que seja compatível com o orçamento da cidade. 

“O Governo sinalizou a intenção de fazer a revisão geral anual para todo funcionalismo, sem retrocesso ao 0,01%, outrora aplicado”, explica a Professora Margarida.  

“Propusemos a realização de reuniões intermediárias com o Governo antes do dia 25/04 para discutir pontos isolados da pauta, mas, diante da ausência de avanços nas negociações, a categoria permanecerá se mobilizando”, completa a Vice-Presidente da APROFEM. 
 
Após a reunião com o Governo, foi realizada Assembleia, onde ficou definida a realização de nova paralisação e assembleia, desta vez já com indicativo de greve, para o dia 25/04, às 10h e ainda com expectativa de, após o encerramento da assembleia, deslocamento até o local da manifestação dos Professores da Rede Estadual para solidarizar-se com o movimento grevista da categoria. 
 
Atendendo solicitação dos presentes, a Assembleia também deliberou por oficiar, novamente, outras entidades não participantes do movimento para a unificação.

A APROFEM seguirá nas negociações e em mobilização, e manterá seus filiados informados sobre os próximos passos do movimento.